A partir desta quinta-feira (18), os frequentadores do parque Villa-Lobos, na zona Oeste, não terão mais à disposição as barracas de locação de bicicletas e nem de comida. Durante os próximos 30 dias o local passará por reformas para a construção de novos pontos comerciais, mais organizados e higiênicos.
A decisão de retirada dos comerciantes é o ápice de uma disputa ocorrida entre os empresários que atuam na área e o governo do Estado, responsável pela administração do parque, que atrai mensalmente um público de aproximadamente 300 mil pessoas.
Parte dos empresários reclama de irregularidades na concorrência pública feita pelo governo para a escolha de quem poderá explorar o comércio no parque pelos próximos 30 meses, e, por esse motivo, resistiam à desocupação. A liminar concedida pela Justiça, que o governo alega não ter validade, atende a questionamentos sobre os critérios da administração na manutenção ou eliminação de concorrentes. Além disso, os empresários reclamam de o governo ter permitido um monopólio do negócio.
Das 15 empresas que atuam na região, restarão apenas duas. As outras – algumas, ali instaladas há mais de dez anos- precisarão deixar o parque. Uma única empresa venceu os seis lotes de bicicleta e patins, e outra ganhou os 12 lotes para exploração da venda de alimentos, bebidas e souvenires. O governo estadual não reconhece como válida a liminar porque a ordem visava suspender a licitação, já concluída. Venceu a disputa quem tem todos os documentos em ordem e deu o maior lance de “aluguel” para ocupar uma das barracas. Em 30 meses, elas vão pagar juntas R$ 6,2 milhões ao governo.
As barracas que alugavam bicicletas cobravam de R$ 5 a R$ 25 por uma hora de uso, e, assim como as outras empresas ali instaladas até ontem, não pagavam nada para explorar esse serviço.