Ace of Base se apresenta em Pinheiros nesta terça

O saudosismo que tem invadido nossos palcos nos últimos anos, finalmente chegou aos anos 90. No começo da década tomada pelo som grunge, surgir novos nomes na música pop era raridade, pois quem curtia o estilo, seguia acompanhando os medalhões da década anterior. Mas ainda assim tivemos gratas surpresas, dentre elas o quarteto sueco Ace of Base.

Formado pelos irmãos Jenny Berggren, Linn Berggren (cantoras) e Jonas Berggren (DJ), junto com o tecladista Ulf Ekberg, o grupo foi responsável por alguns dos maiores sucessos da música pop como “Happy Nation”, “All that She Wants”, “The Sign”, “Don’t Turn Around”, entre outros. O quarteto ainda conseguiu um recorde no Guinnes Book de álbum de estréia mais vendido da história (“Happy Nation” vendeu 23 milhões de cópias em seu lançamento).

Já sem o mesmo sucesso do começo de carreira, o AOB lançou em 2002 “Da Capo”, último disco com as cantoras Jenny e Linn e após um longo intervalo, o grupo lançou no ano passado um novo álbum de estúdio contando com duas novas vocalistas. “Linn deixou a banda no início dos anos 2000 e Jenny decidiu se concentrar em sua carreira solo. Não nos restava escolha senão encontrar duas novas cantoras”, disse Ulf Ekberg em entrevista ao jornal Diário de S. Paulo.

Clara Hagman e Julia Williamson são os novos nomes responsáveis pelas vozes de quarteto. Sobre como chegou até elas, Ulf explica: “Encontramos Clara entre os competidores do Pop Idol sueco (espécie de “Ídolos” europeu) e ficamos torcendo para ela ser eliminada, mas não víamos nenhuma chance disso acontecer. Estranhamente ela foi muito votada e saiu do programa e somos muito gratos por isso (risos).

Já Julia nos foi indicada pelo empresário Martin Dodd.”Diferentemente do passado, agora os músicos do AOB têm uma estrutura totalmente profissional em sua carreira, já que não há mais familiares envolvidos.“Acredito ser mais fácil para Jonas no momento, pois trabalhar com familiares traz muitos problemas”, disse o tecladista.





Obviamente novas cantoras trazem muitas incertezas aos fãs quanto a interpretações dos velhos clássicos, mas Ulf se mostra bem seguro. “É natural, com novos vocais que o som soe um pouco diferente. Julia é mais voltada para o velho estilo do Ace of Base, já com Clara queremos ampliar os limites e experimentar com espectro muito mais amplo para alguns dos sucessos mais antigos como “Dont Turn Around”. Fazemos novas leituras para Clara usar toda a potência de sua voz.”

Já sobre o novo CD “Golden Ratio”, o músico mostra bastante empolgação: “O álbum é inspirado no começo de nossa carreira, mas acredito que seja mesmo uma mistura do que se fazia no começo das décadas de 80 e 90 e o que vemos na atualidade. Há todo o lado dançante, mas há também um pouco de rock e de material acústico.”

Quando questionado sobre os motivos para a retomada das atividades do grupo e sobre artistas e bandas que só volta por dinheiro, Ulf foi efusivo: “Cada artista tem seu próprio motivo para retornar, mas alguns definitivamente o fazem porque fica faltando algo na vida. Composição, os fãs, as performances ao vivo são muito difíceis de substituir. “O sentimento de fazer a diferença e fazer tantas pessoas felizes é indescritível.”

E o que esperar do novo show do Ace of Base? “Nosso show é uma viagem nostálgica de mais de 20 anos de sucesso. O show é realmente ao vivo (referindo-se ao comum uso de playbacks no pop atual) e temos trabalhado muito para as meninas mostrarem seu potencial”, finaliza Ulf Ekberg.

Serviço Ace of Base em São Paulo

Data: 29 de Novembro (terça-feira)
Local: Carioca Club
Endereço: Rua Cardeal Arcoverde, 2.899, bairro de Pinheiros
Abertura da casa: 20h
Preços: R$ 100 (pista) ou R$ 200 (camarote)
Ingressos online: http://darkdimensions.webstorelw.com.br/
Informações: aceofbasenobrasil.com.br

Fonte: Diário de S. Paulo





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