CALÍGULA, de Albert Camus (1913-1960). Drama. Esqueça o imperador erotizado. Tanto a visão do cineasta Tinto Brass em seu tórrido filme de 1979 quanto a sensualidade incorporada por Edson Celulari na montagem de 1991 ficaram para trás. Pelo menos no espetáculo concebido por Gabriel Villela. Surpreendentemente à vontade, Thiago Lacerda comprova a diferença que faz uma boa direção no rendimento do intérprete. Linear na TV, o ator usa a insanidade do imperador romano para explorar as nuances do papel. Na visão de Villela, Calígula é um homem imbecilizado pelo poder, irracional, mas capaz de sensibilizar as pessoas, caso do poeta Scipião (vivido por Pedro Henrique Moutinho). Com Ando Camargo, Jorge Emil, Magali Biff, Pascoal da Conceição e Rodrigo Fregnan (100min). 14 anos. Estreou em 28/11/2008.
Sesc Pinheiros – Teatro Paulo Autran (700 lugares). Rua Paes Leme, 195, Pinheiros, 3095-9400. R$ 20,00. Quinta a sábado, 21h; domingo, 18h. Bilheteria: 13h/22h (ter. a sáb.); 10h/19h (dom.). Cc.: todos. Cd.: todos. Ingressos também no CineSesc e nas demais unidades do Sesc. Estac. (R$ 5,00). Até 22 de fevereiro.