Distrito de Pinheiros comemora 450 anos

O distrito de Pinheiros, um dos mais antigos de São Paulo, completa 450 anos neste domingo (15). O comércio da região cresceu, ganhou mais bares, restaurantes e uma estação de metrô que é considerada a mais moderna do país.

Pelas ruas do bairro da Zona Oeste, a arte está por todos os cantos, como em uma viela toda grafitada ou numa praça. A cultura está muito próxima dos moradores de pinheiros. A Praça Victor Civita, por exemplo, tem uma programação diferente a cada fim de semana. Durante mais de 60 anos, o terreno de 14 mil metros quadrados serviu de depósito de lixo, centro de incineração e triagem de materiais recicláveis.

Na praça, o incinerador que funcionou até o fim dos anos 1980 fica exposto. As fornalhas que operavam ali queimavam 200 toneladas de lixo doméstico e hospitalar por dia. O solo foi contaminado, mas a área degradada foi recuperada.

Outra marca do distrito de Pinheiros é a feira de artesanato da Praça dos Omaguás, que acontece todo domingo. “A gente representa não só o artesanato, mas também a cultura, a gente traz diferentes técnicas, diferentes formas de produzir, coisas que às vezes já não existem mais no mercado”, diz a artesã Norma Nacsa.

Bares

Durante a noite, a opção são os charmosos barzinhos da Vila Madalena que atraem gente de várias regiões da cidade. Sentar em uma das mesas espalhadas pela calçada com os amigos para bater papo, para uma comemoração, é um programa que muitos paulistanos adoram.

“É mais badalado justamente por ter vários bares num mesmo lugar. Às vezes um não tem mesa e você vai no outro. Sempre o pessoal vem pra cá”, diz a coordenadora comercial Ana Carolina Ferraz.





Capela deu origem a bairro

O distrito de Pinheiros tem uma população de mais de 50 mil habitantes em uma que inclui os bairros Vila Madalena e Jardim Europa. Os primeiros habitantes da região foram os índios e os jesuítas, em 1560.

“O que deu origem no bairro foi uma capelinha erguida pelos jesuítas para desenvolver uma catequese a um grupo de índios tupis que vieram pra cá quando [José de] Anchieta ampliou o grupo de indígenas que estava na região onde ele fundou São Paulo, isso no século XVI”, ensina a historiadora Yvone Dias Avelino,

No século XIX, os moradores da então “Freguesia de Pinheiros” pediram à Câmara Municipal um templo para substituir a antiga capelinha, que ficou pequena para tantos fiéis. O prédio foi demolido no começo do século XX, quando a atual Igreja de Nossa Senhora de Mont Serrat foi erguida. Com a chegada dos bondes, na década de 1930, o distrito ganhou traços urbanos. Os trens ligavam o Largo de Pinheiros à Praça Ramos de Azevedo, no Centro.

Um marco importante em Pinheiros é o Largo da Batata, que recebeu este nome porque os vendedores do mercado de Pinheiros se concentravam ali para vender batatas. O largo está sendo revitalizado. No local onde existia o mercado foi construída a estação Faria Lima do Metrô, a mais moderna do país.

Fonte: G1





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